Actividades em Família

As férias são o momento em que os laços familiares são estreitados e se constroem as boas recordações – daquelas que os seus filhos ainda se irão lembrar quando forem mais velhos e com cabelos brancos.

Sweet Homes , damos as boas-vindas às famílias de braços abertos, oferecendo um programa de atividades a pensar nas crianças que irá agradar a todas as idades, dos mais pequeninos aos adolescentes. Da exploração da vida marinha, a sessões de ioga em família, passando por menus infantis que irão certamente agradar aos mais pequenos, poderemos adaptar as suas experiências às principais preferências da sua família.

 

Silves – o que visitar

 

Castelo de Silves

O Castelo de Silves é uma das mais notáveis obras de arquitetura militar que os árabes deixaram entre nós, com mais de mil anos de existência.

Esta fortificação situa-se no ponto mais elevado da colina em que a cidade assenta. Forma um polígono irregular, rodeado por uma forte muralha em taipa, revestida a arenito vermelho – o grés de Silves, e ocupa uma área total de cerca de 12.000m2. Profundamente devastado por inúmeros sismos, é objeto de obras de restauro na década de 40 do século XX, assumindo a sua traça atual através da intervenção promovida no âmbito dos Planos de Fomento.

Ainda no seu exterior, junto à entrada principal poderá encontrar uma escultura em bronze representativa do rei D. Sancho I, monarca que em 1189 conquistou pela primeira vez, com o auxílio dos Cruzados, a cidade de Silves aos árabes.

O acesso a esta alcáçova faz-se através de uma porta dupla com átrio, ladeada por duas das onze torres que ligam um caminho da ronda com a extensão de 388 metros lineares, constituindo esta formação um importante sistema defensivo. Na zona norte da muralha, encontramos um acesso secundário, designado como Porta da Traição, pequeno postigo que permitia franquear a muralha, com discrição e autonomia da alcáçova em relação à Medina.

No interior do Castelo encontram-se vários elementos dignos de registo, dos quais se destaca o Aljibe – grande cisterna de planta retangular que abastecia de água parte significativa da cidade. Com 20m de comprimento e 16m de largura o seu teto está sete metros acima e é fechado por quatro abóbadas de canhão, colocadas lado a lado para facilitar o arejamento da água, suportadas por seis colunas centrais e outras seis adoçadas às paredes.

Outro elemento que poderá encontrar é a Cisterna dos Cães, um imenso poço com mais de 40 metros de profundidade do qual foram retirados, em trabalhos arqueológicos efetuados, diversos fragmentos de cerâmicas medievais, nomeadamente alcatruzes do período de ocupação islâmica. Próximo deste poço existiam silos onde, aproveitando a frescura do subsolo, se guardavam cereais recolhidos dos muitos tributos que os poderes, muçulmanos ou cristãos, lançavam sobre os esforçados produtores. Assim se guardavam durante anos prolongando a resistência e autonomia desta fortaleza militar.

Numa vasta área localizada a nascente, várias campanhas de investigação arqueológica culminaram com a descoberta de estruturas de uma habitação do Período almóada (1121 – 1269), que se comporia por dois pisos, um jardim interior e um complexo de banhos e se julga ser um Palácio, outrora morada de altos dignatários muçulmanos. Edificado durante o domínio almóada este Palácio foi habitado durante pouco mais de um século. Após a ocupação cristã, e por manifesta incompatibilidade de modo de vida, levou ao seu abandono após incêndio que o devastou.

 

Sé de Silves

O edificio apresenta uma mistura de estilos arquitectonicos dos quais se destaca o gótico. Pensa-se que a sua construção se tenha iniciado no sec.XIII sobre uma antiga mesquita Arabe após a reconquista da cidade aos mouros.

 

Igreja da Misericórdia

Em 1491, por doação de D. João II à rainha D. Leonor, Silves passou a pertencer à casa das rainhas, motivo pelo qual foi construída esta igreja (na segunda metade do séc. XVI), para servir a Santa Casa da Misericórdia, entretanto fundada.Na fachada lateral, virada para a Sé, abre-se uma porta manuelina cujo lavrado de cantaria recortada é formado de troncos nodosos, folhagens e estranhas carrancas coroado por uma pinha com a inscrição “Casa de Misericórdia”.

 

Museu Municipal de Arqueologia

Inaugurado em 1990, o Museu Municipal de Arqueologia de Silves foi construído em torno do admirável Poço-Cisterna Almóada dos séculos XII-XIII – descoberto após escavações arqueológicas decorridas nos anos 80 do séc. XX e hoje classificado como Monumento Nacional – que se tornou a peça central da coleção e do discurso expositivo. Cenograficamente integra, também, a muralha da cidade do mesmo período, funcionando, assim, não só como um museu onde as coleções expostas são muito significativas, mas também como uma joia do património islâmico em Portugal.

O acervo do Museu, na sua maioria proveniente das escavações decorridas na cidade e no concelho, reúne um conjunto de objetos do Paleolítico, os mais antigos, passando pelo Neolítico, pelo Calcolítico, pela Idade do Bronze, pela Idade do Ferro, pelo Período Romano e destacam-se, não só pela quantidade, mas também pela qualidade e exceção, as peças do Período Medieval, com destaque para o Período Muçulmano – Omíada, Califal, Taifa, Almorávida e Almóada, desde o século VIII ao século XIII, na sua maior parte do período Almóada, dos séculos XII-XIII –, que são prova da riqueza e da importância da cidade naquele período histórico.

A coleção reúne, ainda, um importante conjunto de objetos do período moderno – séculos XV, XVI e XVII –, que demonstra a influência das rotas comerciais e a importância das trocas e contactos da cidade com outras regiões do globo.

Dividida em oito núcleos temáticos, a coleção poderá ser visitada cronologicamente desde o Paleolítico até ao século XVII.

É parceiro desde 2005 da organização Museum With no Frontiers, na secção Discover Islamic Art. www.discoverislamicart.org

É membro, deste Março de 2008, da Rede de Museus do Algarve, juntamente com outros Museus da região, projeto que visa a cooperação e parceria entre instituições museológicas.

 

Capela de Nossa Senhora dos Mártires

Pequeno templo localizado a Ocidente da cidade, tradicionalmente associado à época da primeira conquista da cidade de Silves por D. Sancho I, em 118. De acordo com o relato de um cruzado que na mesma terá participado, o rei teria mandado construir um pequeno templo, extra – muralhas, para que nele fossem sepultados os mártires que pereceram na tomada de Silves aos mouros. Porém, hoje em dia e após vários estudos, nomeadamente arqueológicos, defende-se que a edificação da Igreja dos Mártires decorreu no período de D. Manuel I

 

 

 

 

Casa da Cultura Islâmica e Mediterrânica de Silves

Edifício construído para Matadouro Municipal de Silves, nos finais de 1914, a presente Casa da Cultura Islâmica e Mediterrânica procura transmitir o esplendor da Silves muçulmana. A cidade vê-se assim dotada de um edifício industrial neomudejar, cujo projeto de recuperação é da autoria do Arquiteto José Alberto Alegria.

A Casa da Cultura Islâmica e Mediterrânica é um equipamento, cuja finalidade é a promoção da cultura, particularmente a islâmica e a mediterrânica, influências estas que formam a identidade cultural da cidade de Silves e do seu concelho.

Atualmente a Casa da Cultura Islâmica e Mediterrânica promove iniciativas culturais que visem o enriquecimento cultural dos munícipes, tais como conferências, exposições, debates, leitura, lições ou pequenas palestras.

 

Mercado

O actual edifício do Mercado Municipal de Silves é um exemplar arquitectónico do “Estado Novo”. Esta arquitectura, conhecida também como “Português Suave”, é bem visível no telhado do edifício e na esfera armilar junto ao brasão de armas da cidade, evocativo das torres municipais de tradição medievalista.

Para comprar ou simplesmente visitar, neste local respira-se tradição, pelo que regatear preços ou trocar dois dedos de conversa são comportamentos comuns. A visita a este local proporciona a quem por ele passa o que de mais típico existe na região: a base da sua gastronomia e cultura.

Para além dos variadíssimos produtos frescos, pode-se, também, aqui encontrar uma grande variedade de pescado, carne ou outras iguarias.

O mercado de Silves, encontra-se aberto de 2.ª feira a sábado, durante o período da manhã, sendo o dia de maior azáfama o sábado, dia em que os produtores locais se deslocam à praça.

 

 

Ponte Velha

Em termos arquitectónicos há uma grande mistura de estilos: se por um lado os arcos da ponte são perfeitos e intervalados por imponentes talha-mares à boa maneira romana, por outro, o tabuleiro da ponte é ogivado à boa maneira medieval. Há, também, historiadores/arqueólogos, especialistas no período romano que afirmam ter encontrado na ponte vestígios de “opus signinum” (material construtivo romano). Outros medievalistas referem, porém, ter observado em inúmeras pedras da ponte, as características siglas de canteiro (marcas deixadas pelos canteiros nas pedras que talhavam), como acontecia sempre no período medieval cristão.

Construída em “grés de silves”, a ponte possui cinco arcos.-